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Usando apenas o cérebro, homem paralisado digita 90 palavras por minuto

Por , em 13.05.2021 – HYPSCIENCE

Um dispositivo experimental que transforma pensamentos em texto permitiu que um homem, que ficou paralisado em um acidente, construísse sentenças rapidamente em uma tela de computador.

O homem foi capaz de digitar com 95% de precisão apenas imaginando que ele estava escrevendo cartas em uma folha de papel, uma equipe relatou quarta-feira na revista Nature.

“O que descobrimos, surpreendentemente, é que [ele] pode digitar cerca de 90 caracteres por minuto”, diz Krishna Shenoy, da Universidade de Stanford e do Instituto Médico Howard Hughes.

O dispositivo seria mais útil para pessoas que não conseguem se mover ou falar, disse o Dr. Jaimie Henderson, neurocirurgião de Stanford e co-diretor, com Shenoy, do Stanford Neural Prosthetics Translational Laboratory.

“Também podemos prever que ele seja usado por alguém que sofreu uma lesão na medula espinhal que quer usar e-mail”, diz Henderson, “ou, digamos, um programador de computador que quer voltar ao trabalho”.

Henderson e Shenoy têm um interesse em comercializar a abordagem experimental usada para decodificar sinais cerebrais.

A ideia de decodificar a atividade cerebral da escrita é “simplesmente brilhante”, diz John Ngai, que dirige a Iniciativa BRAIN dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, que ajudou a financiar a pesquisa.

“Mas foi apenas em um voluntário em um ambiente de laboratório”, diz Ngai. “Então, no momento é uma grande demonstração de prova de princípios.”

O homem que concordou em testar o dispositivo é incapaz de mover os braços e pernas como resultado de um acidente bizarro.

“Ele estava tirando o lixo, escorregou, caiu e imediatamente ficou tetraplégico”, diz Henderson. “Ele está completamente paralisado.”

Alguns anos atrás, o homem concordou em participar de um estudo de um sistema experimental chamado BrainGate2. Permite que pessoas paralisadas controlem computadores e outros dispositivos usando apenas seus pensamentos.

O sistema conta com eletrodos implantados cirurgicamente perto da parte do cérebro que controla o movimento. Em estudos anteriores, os participantes haviam aprendido a controlar um cursor de computador ou braço robótico imaginando que estavam movendo as mãos.

Desta vez, Henderson, Shenoy e uma equipe de cientistas fizeram o homem imaginar que ele estava escrevendo cartas individuais à mão enquanto um computador monitorava a atividade elétrica em seu cérebro.

Finalmente, o computador aprendeu a decodificar o padrão distinto de atividade associado a cada letra do alfabeto, bem como vários símbolos.

Uma vez que esse processo esteja concluído, Shenoy diz: “Podemos determinar se a letra que você escreveu é um A ou um B ou um C e, em seguida, envia para a tela e você é capaz de soletrar palavras e frases e assim por diante, uma letra de cada vez.”

Em experimentos anteriores, os participantes tinham sido capazes de usar seus pensamentos para “apontar e clicar” em letras em uma tela. Mas essa abordagem era muito mais lenta do que a escrita imaginada.

Além disso, como o novo sistema se baseia em pensamentos conhecidos, o participante foi capaz de usá-lo quase imediatamente.

“Ele ficou muito feliz quando pôde escrever mensagens em resposta às perguntas que lhe fizemos.” Henderson disse. “Ele estava muito animado com isso.”

O sucesso da equipe na decodificação da escrita imaginada é apenas o mais recente avanço nos esforços para vincular computadores ao cérebro humano, diz Ngai.

“Fui apresentado a esse conceito há mais de 10 anos, e achei que era meio ficção científica”, diz ele. “Então, cerca de cinco anos depois, mostrou-se que não era tão ficção científica, afinal. Então acho que estamos vendo uma progressão. É realmente muito emocionante.”

Um editorial que acompanha o estudo compartilha essa visão.

A abordagem da escrita “trouxe interfaces neurais que permitem uma comunicação rápida muito mais próxima de uma realidade prática”, escreveram Pavithra Rajeswaran e Amy L. Orsborn, da Universidade de Washington.

(Artigo original na NATURE)

Análise do comportamento humano

O comportamento humano é resultado dos sentimentos, que nascem dos pensamentos. Os pensamentos são mensagens químicas que, às vezes, precisam de estímulos para acontecerem. Os pensamentos podem ser trazidos por memórias sensoriais e podem surgir involuntariamente.

A mente humana é como um arquivo repleto de representações do mundo em que vivemos. Os pensamentos também são criados graças à linguagem, à capacidade de comunicação e às experiências de vida. Estas representações se formam por Crenças e Valores (entre outros, mas fiquemos com estes dois elementos), que formam nossas “verdades”. O que eu acredito é verdade para mim, e meus Valores norteiam minhas decisões, escolhas e preferências.

Gravei uma aula mais detalhada sobre isso: https://youtu.be/tJkl6iwIpIM

Futebol (em menor escala pela pulverização), Religião e Política são temas sensíveis ao funcionamento explicado acima. O meu time é o melhor, o meu “deus” (ou santo, ou pastor, ou doutrina) é o/a único/a que “salva”, o meu partido ou político é o “certo”. São Crenças, são verdades. Quando confrontadas, lançamos mão de 3 “mecanismos de defesa”: distorcemos o que se opõe à nossa verdade, omitimos o que deporia contra nossas verdades ou generalizamos as virtudes das nossas verdades e os ‘defeitos’ do adversário ou de quem OUSAR questionar nossas verdades.

Biologicamente, temos 3 estratégias de sobrevivência: luta, fuga ou freeze. Ou seja, diante de uma ameaça (real ou imaginária) pode entrar em ação o mecanismo de luta – e partimos pra cima do “inimigo”; em alguns casos, dispara em nós o mecanismo de fuga (por vários motivos) e “damos no pé”. Ou, quando as duas estratégias acima não são possíveis, “frizamos”, paralizamos.

Na virtualândia, freeze e fuga perdem feio para a luta, a mais comum via teclado. Seguros pelo anonimato, distância ou ambos, “lutamos” contra quem ousa discordar de nossas verdades, de nossos ídolos, nossos mitos e lançamos mão de algumas estratégias: “provas” de que estamos certos (artigos, fotos, memes, vídeos, links – que concordam conosco, é claro); desqualificação de artigos, fotos, memes, vídeos, links contrários às nossas verdades; desqualificação de quem PENSA diferente; ironias; ofensas. Afinal, como alguém OUSA discordar de mimzinho, que estou sempre certo??

O estudo da Psicologia Social foi o que mais me motivou a fazer a graduação na área (mas Psicologia Social MESMO, como estudo de Comportamentos, não o que ensinam/praticam em terras tupiniquins). Já era Jornalista, tinha a prática dos efeitos da Comunicação, quis ir mais à fundo. Toda essa discussão que vemos hoje em dia me faz lembrar bastante do efeito Dunning-Kruger e de uma famosa frase de Umberto Eco sobre redes sociais. Concordo com ele em gênero e em número, mas não em grau.

Termino este textão te fazendo um convite à reflexão: perceba o quanto você defende apaixonadamente as suas verdades, e o quanto se deixa emocionar com as verdades alheias.

E chega! Bora praticar Análise do Comportamento virtual!


Posts diários no Instagram, segue lá: @castilhopalestrante 

5 coisas que a música pode fazer com o seu cérebro

Como sabemos, o cérebro é responsável pela percepção que temos do mundo, desde as funções mais básicas do nosso corpo até os sentimentos complexos e quase inexplicáveis passam por esse órgão. Logo, o ato de ouvir música não poderia ser diferente.

Porém, o que talvez você não saiba é que a música causa efeitos muito curiosos em nossos cérebros, chegando a influenciar, inclusive, hábitos de consumo e a forma como percebemos o passar do tempo. Confira, a seguir, uma lista de sensações e benefícios que aquele seu disco  favorito pode proporcionar.

1. Com música, o tempo passa diferente

Já percebeu que todo teleatendimento possui vinheta ou música de espera? Pois aquele toque está ali com um propósito: fazer com que o cliente não perceba que está esperando há muito tempo pelo atendimento. Isso diminui as chances de que a pessoa desligue o telefone antes de resolver o seu problema.

O mesmo truque é usado em consultórios e outros estabelecimentos com sala de espera, além de ser uma das estratégias de lojas, shoppings e mercado para fazer com que as pessoas se sintam menos apressadas durante a compra.

O que acontece, nesses casos, é que a música serve para desviar a sua atenção. Como o cérebro humano possui uma capacidade limitada de recebimento de informações, é provável que acabemos por prestar mais atenção à música do que ao movimento dos ponteiros do relógio.

Mas o contrário também pode acontecer. Ouvir música ao realizar uma tarefa importante, por exemplo, pode fazer com que a pessoa tenha a impressão de que o tempo passou mais rápido, afinal, o trabalho acaba ocupando mais “processamento” do cérebro.

E pense bem antes de escutar “aquela” porcaria enquanto espera por alguém: as músicas que você não gosta podem fazer com que três minutos pareçam 30 dentro da sua cabeça.

2. Música mexe com nosso medo instintivo

Gritos de porcos no abate foram usados na sonoplastia do filme O Exorcista (Fonte da imagem: Divulgação/Warner Bros.)

Quem já assistiu ao filme “O Exorcista” e tremeu de medo durante a cena em que o demônio é expulso do corpo de Reagan já tem uma desculpa para dar aos amigos: aqueles gritos, na verdade, não eram da atriz Linda Blair, mas de porcos sendo preparados para o abate.

Alguns sons despertam o medo no ser humano e, é claro, a indústria cinematográfica sabe muito bem disso. É por isso, por exemplo, que as cenas de suspense ou terror estão sempre acompanhadas de trilhas sonoras que ajudam a intensificar a tensão ou medo que sentimos enquanto assistimos ao filme. Isso funciona porque existem certos sons que os seres humanos irão sempre associar ao perigo iminente ou medo, como o grito de outras pessoas ou espécies de animais. Os cientistas chamam esses sons de “ruídos discordantes”.

Sendo assim, se quiser passar menos medo quando revir o filme, deixe o volume da TV no mínimo.

3. Academia e música: combinação perfeita

Muita gente gosta de ouvir música enquanto corre ou malha o corpo na academia. Curiosamente, isso é muito mais do que uma mania ou mero passatempo, já que diversos benefícios podem ser alcançados dessa forma.

Para começar, a música ajuda o atleta a obter um desempenho melhor, segurando pesos por mais tempo, reduzindo o consumo de oxigênio e concluindo corridas em menos tempo. Parte disso vem da característica citada no primeiro item desta lista: a música distrai. Dessa forma, as pessoas não se preocupam tanto com as dores que sentem nas pernas ou com quantos quilômetros ainda precisam correr.

Mas os benefícios não acabam por aí. A música também ajuda a sincronizar o exercício com o tempo musical. Dessa forma, atletas não perdem tanto tempo e esforço aumentando ou diminuindo a performance de acordo com o próprio ritmo. Como se não bastasse, o MP3 player também pode servir como analgésico para treinos que exigem muito esforço: de acordo com uma pesquisa publicada na The Cochrane Library, quem ouve música depois de ser operado sente menos dores.

4. Mais uma cerveja! E aumenta o som, DJ!

Por esta todo mundo esperava: a música que toca na balada altera a percepção humana sobre as bebidas, fazendo com que clientes consumam mais do que o normal e até solicitem determinados drinks. Quer um exemplo? De acordo com o artigo “The Effect of Background Music on the Taste of Wine” (PDF em inglês), a música clássica faz com que os clientes peçam vinhos mais caros, já que se deixam levar pela ideia de sofisticação e riqueza que circunda as obras de Mozart e outros compositores.

Além disso, outros estudos indicam que a música ambiente também altera o sabor do vinho. Dependendo da canção que está tocando, a bebida pode parecer mais refrescante ou doce do que o normal. O professor Adrian Nort, responsável pelo estudo, também constatou, em uma pesquisa anterior, que se um mercado tocasse músicas com som de acordeão, os clientes acabavam comprando mais vinhos franceses do que alemães.

É claro que isso não se restringe ao mundo dos vinhos. Músicas agitadas e com batidas fortes fazem com que as pessoas consumam mais álcool em bares e boates. Ambientes ruidosos colaboram para que as pessoas percam o bom senso e bebam mais do que o normal.

Mas quando o assunto são os restaurantes, as músicas calmas é que fazem os clientes pedir uma dose extra. Por deixarem os consumidores mais relaxados, é muito provável que eles continuem sentados e conversando, mesmo depois de terem terminado a refeição. Assim, aumentam as chances de que o consumidor peça mais uma garrafa de bebida para continuar o papo.

E caso os hits do momento tenham feito você beber demais, não se preocupe: também há dicas científicas para curar a ressaca.

5. Música melhora a comunicação

Você sempre detestou as aulas de piano ou violão que sua mãe insistia para você fazer? Pois agora, agradeça: estudar música faz com que seja mais fácil reconhecer variações sutis de emoções em outras pessoas. Além disso, em um ambiente com muito barulho, o estudante de música consegue filtrar melhor os ruídos e se concentrar na conversa de que está participando.

Experimentos atestam que estudantes de música conseguem expressar melhor suas emoções e reconhecer o estado emocional de outras pessoas com mais sensibilidade, analisando, por exemplo, o tom de voz da pessoa que estiver falando.

E mais: essa habilidade se torna mais desenvolvida de acordo com o tempo dedicado aos estudos. Portanto, lembre-se: as aulas de música tidas na infância podem ajudar alguém a se tornar um profissional com uma ótima capacidade de comunicação.

…..

Não tem desculpa para deixar a música de lado. Quem gosta de apreciar esse tipo de arte pode fazer uma playlist gratuita no youtube e se deliciar.

Som na caixa, DJ!

Mude seus pensamentos, mude sua vida

“Mude seus pensamentos criando alternativas de futuros para si mesmo. Esse simples exercício usando uma estratégia de motivação da PNL, pode levar a uma motivação maior no presente.

Muito do que precisamos fazer requer que nós mesmos nos motivemos de uma forma intencional. As recompensas da vida não aparecem magicamente, apesar do nosso desejo infantil da gratificação instantânea e sem esforço. Você deve mudar o seu pensamento sobre isso.

Resultados positivos exigem esforço positivo. O esforço positivo exige motivação. Assim, se a sua automotivação está insuficiente para fazer algo que você precisa fazer, você está no lugar certo. Veja como o método de alternar futuros funciona para inspirá-lo a começar a trabalhar produzindo resultados.

Veja o que fazer para mudar o seu pensamento, especificamente…

1) liste as razões de porquê você deseja mudar.

2) imagine, em detalhes, as consequências (de não fazer isso) que você inevitavelmente sofrerá no futuro.

3) imagine, em detalhes, os benefícios que você vai colher no futuro, se você fizer isso.

Por exemplo:

Perder peso e entrar em forma não acontece só porque você quer. E o pior, na maioria das vezes, só desejamos estar em forma e acabamos muito aquém do puro desejo de fitness e saúde. Então, vamos aplicar o processo de alternativas do futuro para mudar o seu pensamento.

Primeiro passocomeçamos listando as razões porque queremos perder peso:

• mais energia

• melhor saúde

• maior autoestima

• alívio da dor nas costas e nas articulações

etc… Você pode listar tantas razões quantas quiser.

Segundo passo: imagine, em detalhes, sofrendo as consequências de não fazer o que você precisa fazer.

Então, por exemplo, você está com chagas no pé causadas pela diabete. Ou precisa de cirurgia na coluna. Sem energia e dependendo de outras pessoas para cuidarem de você. Sua carreira pode ser interrompida. Sua vida certamente seria abreviada, deixando para trás entes queridos com os quais poderia ter passado mais tempo.

Não evite a possibilidade de essas coisas negativas acontecerem. Se você permanecer desmotivado e não mudar o seu pensamento, essas são possibilidades reais. Enfrente-as. Sinta-as. Mude para um futuro imaginado no qual essas possibilidades são reais. Como você gostaria que fosse a sua vida?

E então refresque as suas ideias.

Terceiro passo: imagine, em detalhes, usufruindo os benefícios futuros resultantes das ações tomadas.

Mude para um futuro imaginário no qual você se vê saudável, cheio de energia. Diga para você mesmo como está feliz cuidando de si mesmo e como realmente sente isso agora em seu corpo. Vá em frente e imagine um futuro brilhante e cheio de vida com sua saúde vigorosa e permita se sentir super satisfeito com essa perspectiva no aqui e agora.

Se esse processo fizer o que ele normalmente faz, então o seu nível de motivação vai aumentar imediatamente. Sua mente e seu corpo reagirão em contraposição aos resultados. Você estará mais motivado! Na verdade, será impossível não ficar mais motivado na hora se você seguir essas instruções.

Então, faça uma lista do que vai fazer hoje e vá atrás. Malhe enquanto o ferro está quente. Zere o marcador e repita. Não se surpreenda se precisar fazer diariamente esse exercício. Na realidade, eu recomendo.

A PNL é sobre como mudar o seu pensamento para se tornar um ser mais intencional. As estratégias de motivação são técnicas comumente ensinadas em um treinamento Practitioner de PNL que se concentra na verdadeira mudança através do nosso próprio conhecimento e de um melhor conhecimento dos outros.

As pessoas que fazem o treinamento de Practitioner de PNL acham que se tornam melhor para solucionar os problemas, atingem seus objetivos mais rapidamente e são capazes de criar relacionamentos mais fortes.”

(O artigo original “Change Your Thinking: The Alternate Futures Self-Motivation Exercise” encontra-se no site inlpcenter.org )


O texto acima mostra UMA das inúmeras possíbilidades de flexibilização do pensamento que a PNL proporciona. Tendo mais opções, você se tornará uma pessoa mais flexível.

Sendo uma pessoa mais flexível te dará mais possibilidades. Tendo mais possíbilidades, você poderá fazer mais SUCESSO na vida – seja lá o que SUCESSO signifique para você.

Como Trainer oficial da The Society of NLP, dou cursos de PNL com autorização de Richard Bandler, o co-criador da Programação Neurolinguística. Inclusive, o seu certificado será assinado pessoalmente por ele! Você terá um documento histórico, um marco da sua mudança de pensamento e de comportamento para MUITO MELHOR.

Confira nossos próximos treinamentos em www.rogeriocastilho.com.br/agenda 

 

Cérebro pode ser treinado para curar doenças

Cientistas brasileiros desenvolveram técnica que modifica conexões e abre caminhos para tratar AVC, Parkinson e até depressão

Roberta Jansen, O Estado de S.Paulo

17 de abril de 2019

O cérebro pode ser treinado para curar as doenças que o acometem. Cientistas brasileiros acabam de apresentar uma técnica de treinamento cerebral capaz de modificar as conexões neuronais em tempo recorde. O trabalho, publicado na Neuroimage, abre o caminho para novos tratamentos para o acidente vascular cerebral (AVC), a doença de Parkinson e até a depressão.
Treinamento do cérebro
Treinamento é chamado de ‘neurofeedback’ e usa ressonâncias magnéticas Foto: Theo Marins/Instituto D’OR

O cérebro se adapta a todo momento – um fenômeno conhecido como neuroplasticidade. Essas mudanças na forma como funciona e conecta suas diferentes áreas são as bases do aprendizado e da memória.

Entender melhor essas interações permite o avanço na compreensão do comportamento humano, das emoções e também das doenças que acometem o cérebro. “Tudo o que a gente é, faz, sente, todo o nosso comportamento é reflexo da maneira como o nosso cérebro funciona”, explica o neurocientista Theo Marins, um dos autores do estudo.

Algumas doenças, segundo o especialista, alteram esse funcionamento. E o cérebro passa a funcionar de maneira doente. “Ensinar” o cérebro a funcionar de maneira correta pode melhorar os sintomas de várias doenças.

Uma das ferramentas que vem sendo utilizadas para compreender melhor essas dinâmicas é o neurofeedback. Assim é chamado o treinamento do cérebro para modificar determinadas conexões. O estudo dos neurocientistas do Instituto D’OR de Ensino e Pesquisa e da UFRJ mostrou que o treinamento é capaz de induzir essas modificações em menos de uma hora.

Para fazer o trabalho, os cientistas contaram com 36 voluntários que se submeteram a exames de ressonância magnética. A atividade neuronal captada no exame é transformada em imagens apresentadas em computadores de acordo com a intensidade. Os voluntários acompanhavam as imagens em tempo real, aprendendo a controlar a própria atividade cerebral.

Enquanto 19 participantes receberam o treinamento real, outros 17 foram instruídos com falsa informação – o que funcionou como uma espécie de placebo. Antes e depois do treino, os pesquisadores registraram as imagens cerebrais que permitiam medir a comunicação (a conectividade funcional) e as conexões (a conectividade estrutural) entre as áreas cerebrais. O objetivo era observar como as redes neurais eram afetadas pelo neurofeedback.

Antes e depois

Ao comparar a arquitetura cerebral antes e depois do treinamento, os cientistas constataram que o corpo caloso (a principal ponte de comunicação entre os hemisférios esquerdo e direito) apresentou maior robustez estrutural. Além disso, a comunicação funcional entre as áreas também aumentou. Para os pesquisadores, é como se o todo o sistema tivesse se fortalecido.

“Sabíamos que o cérebro tem uma capacidade fantástica de modificação. Mas não tínhamos tanta certeza de que era possível observar isso tão rapidamente”, conta Marins.

Desta forma, o treinamento cerebral se revelou uma ferramenta poderosa para induzir a neuroplasticidade. Agora, os pesquisadores esperam utilizá-lo para promover as mudanças necessárias para recuperação da função motora em pacientes que sofreram um AVC, que foram diagnosticados com Parkinson e mesmo com depressão.

“O próximo passo será descobrir se pacientes que sofrem de desordens neurológicas também podem se beneficiar do neurofeedback, se ele é capaz de diminuir os sintomas dessas doenças”, disse a médica radiologista Fernanda Tovar Moll, presidente do Instituto D’OR. “Ainda falta muito para chegarmos a protocolos específicos. Quanto mais entendermos os mecanismos, mais terapias poderemos desenvolver.”

Cérebro pode ser treinado para curar doenças

Cientistas brasileiros desenvolveram técnica que modifica conexões e abre caminhos para tratar AVC, Parkinson e até depressão

Roberta Jansen- 17 ABR2019

O cérebro pode ser treinado para curar as doenças que o acometem. Cientistas brasileiros acabam de apresentar uma técnica de treinamento cerebral capaz de modificar as conexões neuronais em tempo recorde. O trabalho, publicado na Neuroimage, abre o caminho para novos tratamentos para o acidente vascular cerebral (AVC), a doença de Parkinson e até a depressão.
(Imagem ilustrativa)

(Imagem ilustrativa)

Foto: Svisio / iStock

O cérebro se adapta a todo momento – um fenômeno conhecido como neuroplasticidade. Essas mudanças na forma como funciona e conecta suas diferentes áreas são as bases do aprendizado e da memória.

Entender melhor essas interações permite o avanço na compreensão do comportamento humano, das emoções e também das doenças que acometem o cérebro. “Tudo o que a gente é, faz, sente, todo o nosso comportamento é reflexo da maneira como o nosso cérebro funciona”, explica o neurocientista Theo Marins, um dos autores do estudo.

Algumas doenças, segundo o especialista, alteram esse funcionamento. E o cérebro passa a funcionar de maneira doente. “Ensinar” o cérebro a funcionar de maneira correta pode melhorar os sintomas de várias doenças.

Uma das ferramentas que vem sendo utilizadas para compreender melhor essas dinâmicas é o neurofeedback. Assim é chamado o treinamento do cérebro para modificar determinadas conexões. O estudo dos neurocientistas do Instituto IDOR de Ensino e Pesquisa e da UFRJ mostrou que o treinamento é capaz de induzir essas modificações em menos de uma hora.

Para fazer o trabalho, os cientistas contaram com 36 voluntários que se submeteram a exames de ressonância magnética. A atividade neuronal captada no exame é transformada em imagens apresentadas em computadores de acordo com a intensidade. Os voluntários acompanhavam as imagens em tempo real, aprendendo a controlar a própria atividade cerebral.

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Antes e depois

Ao comparar a arquitetura cerebral antes e depois do treinamento, os cientistas constataram que o corpo caloso (a principal ponte de comunicação entre os hemisférios esquerdo e direito) apresentou maior robustez estrutural. Além disso, a comunicação funcional entre as áreas também aumentou. Para os pesquisadores, é como se o todo o sistema tivesse se fortalecido.

“Sabíamos que o cérebro tem uma capacidade fantástica de modificação. Mas não tínhamos tanta certeza de que era possível observar isso tão rapidamente”, conta Marins.

Desta forma, o treinamento cerebral se revelou uma ferramenta poderosa para induzir a neuroplasticidade. Agora, os pesquisadores esperam utilizá-lo para promover as mudanças necessárias para recuperação da função motora em pacientes que sofreram um AVC, que foram diagnosticados com Parkinson e mesmo com depressão.

“O próximo passo será descobrir se pacientes que sofrem de desordens neurológicas também podem se beneficiar do neurofeedback, se ele é capaz de diminuir os sintomas dessas doenças”, disse a médica radiologista Fernanda Tovar Moll, presidente do IDOR. “Ainda falta muito para chegarmos a protocolos específicos. Quanto mais entendermos os mecanismos, mais terapias poderemos desenvolver.”

POSITIVA MENTE

#RogérioCastilho #MindTraining

A repetição é a mãe do aprendizado

Aprendemos por experiência significativa ou por repetição.
O marketing (no caso o Neuronarketing) sabe disso muito bem!

Processed with MOLDIV

Descubra as mentiras que o seu cérebro conta para você

Você não toma as próprias decisões – e boa parte do que vê não é real. É apenas uma ilusão criada pelo seu cérebro, que passa 4 horas por dia enganando você

Ciência confirma influência da hipnose sobre atividade do cérebro

Para quem vive de Hipnose há 11 anos, chega a ser risível que se precise de confirmações científicas sobre um fenômeno absolutamente natural e que existe desde que existe ser humano, mas se as pessoas precisam de estudos comprobatórios, eis mais um:

 

Técnica parece induzir alterações específicas no funcionamento cerebral.

Distúrbios comportamentais e dor estão entre alvos viáveis da técnica, diz médico.

Reinaldo José Lopes Do G1, em São Paulo

A hipnose ainda projeta certa aura de mistério, mas a técnica pode ser uma ferramenta interessante para tratar uma série de distúrbios que incluem um componente mental ou emocional. Estudos recentes revelam que não há nada de mágico na hipnose: ela parece utilizar estados fisiológicos totalmente normais do cérebro para alcançar seus efeitos.

 

É o que conta o médico Osmar Ribeiro Colás, do Departamento de Medicina Comportamental da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e coordenador do grupo de estudos de hipnose da instituição. Um dos primeiros reconhecimentos abrangentes do potencial cientificamente comprovado da técnica veio em 1996, quando o Instituto Nacional de Saúde dos EUA (principal órgão de pesquisa médica do país) reconheceu sua eficácia para aliviar a dor em doenças crônicas, como o câncer.

 

“A pecha mística [da hipnose] sempre existiu e sempre vai existir, mas seu funcionamento está bem caracterizado por estudos neurológicos”, afirma Colás. Esses trabalhos usaram tomografia funcional (ou seja, técnicas que acompanham mudanças nas várias regiões do cérebro) para ver o que acontece na mente de uma pessoa hipnotizada.

 

Os resultados parecem reforçar o efeito real da técnica sobre a mente. Colás dá o exemplo dos estímulos visuais. Primeiro, os pesquisadores mostravam ao paciente não-hipnotizado uma tela totalmente preta e examinavam sua atividade cerebral. Depois, uma tela totalmente vermelha, de novo registrando o padrão de ativação do cérebro. Após hipnotizar a pessoa, eles diziam a ela que estava vendo uma tela vermelha, embora a tela real fosse preta. Voilà: o padrão cerebral dos hipnotizados era o de quem estava vendo a tal tela vermelha inexistente.

ondascerebraishipnose

 Uso variado

Segundo o médico da Unifesp, a hipnose pode ser usada como ferramenta por profissionais como médicos, psicólogos e dentistas. Para ele, a técnica se encaixa de forma mais adequada na psicoterapia cognitiva e comportamental, podendo ajudar pacientes que sofrem com distúrbios da ansiedade, depressão, fobias, várias formas de dor, além dos que lutam contra a hipertensão, asma e obesidade.

No caso da dor, acredita-se que a hipnose possa modular a resposta emocional do paciente ao problema. Como uma dor crônica causada pelo câncer, por exemplo, não inclui só o componente físico, mas também o lado emocional de lidar com o problema, seria possível desviar a atenção do paciente da situação pela qual está passando.

Segundo Colás, essa é a chave da hipnose. “Ela envolve processos fisiológicos normais, mas faz com que a atenção do paciente seja focalizada em outro aspecto, afastando as barreiras racionais que ele têm para aceitar o que está sendo dito a ele. Dessa forma, as áreas do cérebro que têm a ver com a ação desejada acabam sendo ativadas”, afirma o médico.


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