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O Poder da Mente Sobre o Corpo

 

As técnicas e práticas da Hipnose e da Auto-Hipnose podem beneficiar enormemente a vida de seus praticantes. E para quem precisa, seguem algumas constatações científicas:

Visualização Associada vs. Dissociada para Hipertrofia Muscular

Com base nas evidências científicas e experiências práticas disponíveis, vou explicar
detalhadamente a eficiência das visualizações associadas (internas) versus dissociadas
(externas) para hipertrofia muscular durante os exercícios.

Diferença entre Visualização Associada e Dissociada

Antes de analisar a eficiência de cada método, é importante compreender a diferença
fundamental entre esses dois tipos de visualização:

Visualização Associada (Interna): Nesta modalidade, você se vê de dentro do seu
próprio corpo realizando o movimento. Você imagina a sensação de contração muscular,
a tensão nas fibras e experimenta mentalmente as sensações proprioceptivas do
exercício como se estivesse realmente executando-o. É como se você estivesse “dentro”
do seu corpo, sentindo cada aspecto do movimento.

Visualização Dissociada (Externa): Nesta abordagem, você se vê de fora, como se
estivesse observando a si mesmo realizar o exercício. É semelhante a assistir um vídeo
de você mesmo treinando, onde você consegue ver seu corpo inteiro executando o
movimento, mas sem necessariamente “sentir” as sensações internas.

Evidências Científicas sobre Visualização e Força Muscular

Uma revisão sistemática publicada no Journal of Sports Science & Medicine (Slimani et
al., 2016) analisou os efeitos da visualização mental na força muscular e encontrou
evidências significativas de que a visualização interna (associada) produz resultados
superiores em comparação com a visualização externa (dissociada).
De acordo com esta revisão, a visualização interna demonstrou melhorias na força
muscular variando de 2,6% a 136,3%, enquanto a visualização externa apresentou
melhorias mais modestas, entre 4,8% e 23,2%. Os autores concluíram que “em amostras
de estudantes, novatos ou atletas jovens masculinos e femininos, a visualização mental
interna tem um efeito maior sobre a força muscular do que a visualização mental
externa”.

Mecanismos Fisiológicos e Neurais

A superioridade da visualização associada (interna) pode ser explicada por diversos
mecanismos:
1. Ativação Neural Superior: A visualização interna gera uma ativação cerebral mais
forte nas áreas motoras do cérebro, mais próxima daquela observada durante a
execução real do movimento.
2. Maior Excitação Muscular: Estudos com eletromiografia (EMG) demonstraram que
a visualização interna produz maior atividade elétrica nos músculos-alvo.
Conforme destacado na revisão de Slimani et al. (2016), “a visualização mental
com atividade muscular foi maior em músculos ativos do que em passivos, e
imaginar ‘levantar um objeto pesado’ resultou em mais atividade EMG em
comparação com imaginar ‘levantar um objeto mais leve'”.
3. Ativação Sensoriomotora Aumentada: A visualização interna envolve mais
componentes sensoriais e proprioceptivos, criando uma representação neural
mais completa do movimento.
4. Respostas Fisiológicas Elevadas: A visualização interna está associada a maiores
aumentos na pressão arterial, frequência cardíaca e taxa respiratória, indicando
um maior envolvimento fisiológico geral.

Conexão Mente-Músculo e Hipertrofia

O conceito de “conexão mente-músculo” está intimamente relacionado à visualização
associada e tem sido objeto de diversos estudos científicos recentes. De acordo com o
site Sobrecarga Brasil, que analisou vários estudos sobre o tema, a conexão mente músculo pode ter efeitos positivos em determinadas condições:

1. Estudo de Joaquin Catalayud (2016):

Demonstrou que com cargas leves (até 60% da repetição máxima), a concentração mental no músculo-alvo resultou em maior
ativação muscular. No entanto, com cargas mais pesadas (80% da repetição
máxima), esse efeito diminuiu significativamente.

2. Estudo de Catalayud sobre Velocidade (2018):

Revelou que em repetições explosivas, mesmo com cargas leves, a conexão mente-músculo não teve impacto
significativo na ativação muscular.

3. Estudo de Fujita (2019):

Pesquisadores brasileiros descobriram que a conexão
mente-músculo pode aumentar a ativação muscular nas primeiras repetições de
uma série, mas esse efeito diminui à medida que se aproxima da falha muscular.

4. Estudo de Brad Schoenfeld (2018):

Investigou especificamente os efeitos da conexão mente-músculo na hipertrofia do bíceps e quadríceps, com resultados
que sugerem benefícios potenciais para o crescimento muscular em determinadas condições.

Aplicação Prática para Hipertrofia Muscular

Considerando as evidências disponíveis, podemos concluir que a visualização associada
(interna) é mais eficiente para hipertrofia muscular pelos seguintes motivos:

1.Maior Ativação Muscular:

A visualização interna promove maior ativação das
fibras musculares, especialmente em intensidades moderadas, o que pode
contribuir para maior estímulo hipertrófico.

2.Melhor Execução Técnica:

Ao visualizar internamente, você desenvolve uma
consciência corporal mais refinada, o que pode levar a uma execução mais precisa
dos exercícios e melhor isolamento dos músculos-alvo.

3.Potencialização da Tensão Mecânica:

A visualização interna pode ajudar a
aumentar a tensão mecânica nos músculos-alvo, um dos principais mecanismos
de hipertrofia.

4.Complemento ao Treinamento Físico:

A combinação de visualização mental
interna com treinamento físico mostrou-se “mais eficiente do que, ou pelo menos
comparável a, execução física em relação ao desempenho de força” (Slimani et al.,
2016).

Recomendações Práticas
Para maximizar os benefícios da visualização para hipertrofia muscular, recomenda-se:

1.Priorize a Visualização Associada (Interna):

Concentre-se em sentir o músculo
trabalhando, a contração e a tensão durante o exercício.

2.Combine com Treinamento Físico:

A visualização deve ser um complemento ao
treinamento físico, não um substituto.

3.Aplique Principalmente em Cargas Moderadas:

Os benefícios da visualização
mental são mais pronunciados em cargas moderadas (até 60-70% da repetição
máxima).

4.Utilize nas Primeiras Repetições:

A conexão mente-músculo é mais efetiva no início das séries, antes que a fadiga muscular se instale.

5.Pratique Regularmente:

Como qualquer habilidade, a visualização mental melhora com a prática consistente.

Conclusão

Com base nas evidências científicas disponíveis, a visualização associada (interna) é
mais eficiente do que a visualização dissociada (externa) para promover hipertrofia
muscular. Isso se deve principalmente à maior ativação neural e muscular, melhor
conexão mente-músculo e respostas fisiológicas mais intensas associadas à visualização
interna.
No entanto, é importante ressaltar que a visualização mental deve ser vista como uma
ferramenta complementar ao treinamento físico adequado, nutrição apropriada e
recuperação suficiente, que continuam sendo os pilares fundamentais para o
desenvolvimento muscular.

Referências
1. Slimani, M., Tod, D., Chaabene, H., Miarka, B., & Chamari, K. (2016). Effects of
Mental Imagery on Muscular Strength in Healthy and Patient Participants: A
Systematic Review. Journal of Sports Science & Medicine, 15(3), 434-450.

2. Sobrecarga Brasil. (2025). Conexão Mente-Músculo: Pensar No Músculo Causa Mais
Hipertrofia? Disponível em: https://sobrecargabrasil.com.br/conexao-mentemusculo/

3. Catalayud, J. et al. (2016). Estudo sobre conexão mente-músculo e ativação do
peitoral durante o supino.

4. Catalayud, J. et al. (2018). Estudo sobre velocidade das repetições e conexão
mente-músculo.

5. Fujita et al. (2019). Estudo brasileiro sobre conexão mente-músculo em séries até a
falha.

6. Schoenfeld, B. (2018). Estudo sobre conexão mente-músculo e hipertrofia do
bíceps e quadríceps.

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Benefícios de olhar o mar: não é só relaxante, tem o poder real de mudar o seu cérebro e saúde mental

Só é pra olhar... - Diário MS News

(Paulo Nobuo, VIX)

Não chega a ser segredo o fato de que ficar diante do mar, mesmo sem realizar mergulhos, ajuda a relaxar e experimentar sensação de bem-estar. Mas o que você talvez não saiba é que o fenômeno tem poder cientificamente comprovado de mudar o seu cérebro e saúde mental.

Através de um projeto chamado BlueHealth, a pesquisadora Lora Fleming e sua equipe, da Universidade de Exeter, Inglaterra, mostrou o impacto do mar e de suas ondas na mente humana. Confira detalhes das descobertas:

Ciência explica por que o mar ajuda a relaxar

De acordo com o estudo, os sons do mar ativam o córtex pré-frontal do cérebro, área associada a emoções e autorreflexões, fazendo com que a capacidade de bem-estar e autoconhecimento seja ampliada.

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As ondas dos oceanos, segundo a pesquisa, geram íons negativos que, absorvidos, promovem alterações moleculares no corpo, gerando sensação de paz e equilíbrio. Eles ainda são capazes de regular os níveis de serotonina, substância química produzida pelo organismo responsável pela melhora do humor e pela redução da ansiedade.

Foi constatado também que o cortisol, o hormônio do estresse, também tem seus níveis reduzidos no organismo com o barulho das ondas do mar, que tem padrões de volume e frequência harmônicos e relaxantes.

Além disso, o som gerado pelo mar pode nos remeter aos ruídos que ouvimos quando estamos na barriga de nossas mães, o que provocaria grande impacto emocional inconsciente no que diz respeito a proteção e segurança.

Até mesmo visualmente o mar é capaz de transmitir calma e sensação de segurança, uma vez que sua superfície plana transmite estabilidade, afastando a preocupação e o estresse causados pela imprevisibilidade do ambiente.

Áudio para acalmar a angústia

Conhece alguém que esteja muito angustiado com a situação atual? Encaminhe este áudio que preparei.

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https://youtu.be/546REUy9lFQ


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