Pós-Graduação em Hipnose Clínica
Uma de nossas turmas na Pós:
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A Hipnose é reconhecida pelos Conselhos Federais de Psicologia, Medicina, Odontologia, Fisioterapia e Enfermagem. Trata-se de procedimento com respaldo científico, em prol da Qualidade de Vida. Curso em Fortaleza, dias 29 e 30 de junho.
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Curso de padrão e reconhecimento internacionais, com mais de 10.000 participantes em seis países: Brasil, Colômbia, Portugal, Alemanha, Suíça e Japão.
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Hipnose: Surpresa e Hipnoidal como Fatores da Mudança Terapêutica nos Distúrbios Emocionais
Autora: Maria Ángeles Ludeña Martins
São diversas as investigações sobre hipnose que evidenciam as expectativas (e as crenças/atitudes) sobre hipnose como determinantes da resposta às sugestões hipnóticas. Nomeadamente, que as expectativas positivas em relação à hipnose constituiriam variáveis psicológicas determinantes, não só para a ocorrência de resposta hipnótica, mas, igualmente, e em especial, no sentido da mudança terapêutica. Todavia, recentemente, diversos estudos e autores têm colocado em questão esta perspetiva (Benham, Woody, Wilson, & Nash, 2006; Lifshitz, Howells, & Raz, 2012), atribuindo às expectativas um papel muito menor quanto à magnitude da influência na responsividade hipnótica. Na sequência destas pesquisas e propostas teóricas, a que juntamos a nossa experiência com o uso de hipnose clínica, formulámos a hipótese de que a indução hipnótica/sugestões hipnóticas provocam surpresa (pela violação das expetativas) e mudança no estado psicológico da pessoa, exercendo a interação entre ambos os acontecimentos, uma influência direta na mudança terapêutica (e não as expectativas, as crenças ou as atitudes). Para realizar este estudo empregámos os seguintes instrumentos: PCI Phenomenology of Consciousness Inventory (Pekala, 2002 – Tradução e validação para a população portuguesa de Ludeña, na presente investigação), o CES-D (The Center for Epidemiologic Studies Depression Scale) de Radloff (1977, adaptado por Fagulha & Gonçaves, 2000), Escala de autoavaliação de ansiedade de Zung (Zung, 1971 – Adaptação de Vaz Serra e col. 1982), Escala de avaliação do efeito surpresa (Ludeña, 2010). Nesta investigação utilizamos uma amostra clínica de 82 pessoas com diversos distúrbios emocionais (ansiedade, depressão). As pessoas preencheram os questionários relativos à ansiedade e depressão e, posteriormente, foram expostas de forma individual a uma experiência hipnótica, em contexto clínico, com sugestões terapêuticas, sem que elas soubessem a natureza dessa experiência. Imediatamente depois da dita experiência preencheram o PCI e a escala de avaliação da surpresa. Passada uma semana, voltaram a preencher os questionários de ansiedade e depressão. As variáveis dependentes neste estudo foram a mudança terapêutica e a experiência subjectiva de hipnose (fenomenologia), sendo a mudança terapêutica operacionalizada como a diferença de ansiedade e depressão antes e depois da experiência com hipnose. O nível de surpresa e o estado hipnoidal (do PCI) foram as variáveis independentes. Tanto a análise da variância como a análise de regressão múltipla hierárquica mostraram uma significativa influência do nível de surpresa mais o estado hipnoidal na mudança terapêutica. Também se observou uma significativa e forte correlação entre estas mesmas três variáveis. Os resultados encontrados apontam para direção diferente à da implicação fundamental das crenças e das expectativas, salientando um papel decisivo para a surpresa e para o estado hipnoidal tanto no respeitante à experiência subjetiva de hipnose, como para a própria mudança terapêutica.
(Pelo link abaixo você tem acesso ao pdf com a tese completa)
https://estudogeral.sib.uc.pt/handle/10316/24523
Resultados diferentes pedem ações diferentes. De nada adianta reclamar, sem ações efetivas.
1º) Defina seu objetivo
2º) Identifique a que distância você está dele
3º) Estabeleça um plano para chegar lá
4º) Aprenda com quem já chegou
5º) Faça o que precisa ser feito
Um equívoco comum nos planejamentos estratégicos é começar pelo problema. Onde colocamos o foco, é para lá que vai a nossa energia. Há pessoas que são especialistas em problemas! Para cada solução ela tem um “mas”. Experimente iniciar o processo determinando onde quer chegar, qual o seu objetivo. Depois, sim, examine a situação atual e os possíveis motivos que te levaram até ela. À partir daí, crie alternativas para chegar no seu objetivo. Quanto mais, melhor!
Uma boa maneira de atingir objetivos é estudando as estratégias de quem chegou lá primeiro que você. Pode-se fazer isso pessoalmente, por vídeos, livros, palestras, entrevistas. Sim, você pode chegar lá com suas próprias pernas, mas lembre-se: o tempo é o melhor dos professores. Pena que acaba matando todos os seus alunos…
Por último, entre em ação. O sonho é o pai e a ação é a mãe das realizações. Conheço gente que só sonha; com uma “vida melhor”, com realizações, com conquistas, só sonha. Não faz nada efetivo. Vai chegar lá nunca.
E você, o seu objetivo é motivador o suficiente para te mover em direção a ele? Então…
A hipnose pode ser uma aliada do intestino! (Foto: Gustavo Arrais/SAÚDE é Vital)
Marcada por dor abdominal e constipação ou diarreia, a síndrome do intestino irritável afeta duas em cada dez pessoas e, infelizmente, não dispõe de nenhum tratamento que seja 100% eficaz. Mas pesquisadores da Universidade de Utrecht, na Holanda, identificaram o valor de uma nova possibilidade terapêutica: a hipnose.
O trabalho, publicado no periódico médico The Lancet, recrutou 354 voluntários. Uma parcela deles recebeu aulas sobre o problema, enquanto a outra parte teve dois encontros semanais com um especialista em hipnose durante 45 dias.
Ao longo das sessões, os indivíduos ficavam concentrados e escutavam mensagens sugerindo que eles tivessem maior controle sobre o aparelho digestivo. Resultado: o segundo grupo relatou menos incômodos gastrointestinais.
Os efeitos puderam ser sentidos por até nove meses. “Sabemos que fatores emocionais podem desencadear a síndrome e é preciso cuidar deles ao longo do processo de recuperação”, observa o gastroenterologista Flávio Quilici, professor da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (SP).
Remédios: diminuem os espasmos e as contrações que provocam a dor na barriga, principal característica da síndrome.
Psicoterapias: se preocupam com os sentimentos negativos e a ansiedade, gatilhos importantes para as crises.
Alimentação: médico e nutricionista individualizam o cardápio segundo o perfil e as queixas de cada pessoa.
Exercícios: fazem parte das mudanças no estilo de vida, pois ajudam a manter um bom fluxo no trânsito intestinal.
Para a maioria de nós, cheiros não possuem cores, assim como cores não possuem forma. A não ser que você seja um sinestésico. Para estas pessoas, os estímulos do mundo exterior são mistos: alguns são capazes de provar palavras ou ouvir flashes de luz. Até agora, o resto de nós tinha que se contentar com nossos sentidos comuns. Mas novas pesquisas sugerem que é possível usar sugestões hipnóticas para produzir alucinações visuais que refletem comportamentos similares à sinestesia.
Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Skövde, na Suécia, e da Universidade de Turku, na Finlândia, decidiu descobrir se experiências sinestésicas são imutáveis e exclusivas para as pessoas que possuem essa condição ou se outras pessoas podem ser condicionadas a sentir essas experiências também.
As estimativas colocam a prevalência da sinestesia entre uma em cada 200 pessoas e uma em cada 20.000. Ela se apresenta de várias maneiras, desde sons vistos como cores até a rara capacidade de sentir um toque experimentado por outra pessoa. O que todos têm em comum é a percepção de uma sensação geralmente causada por um estímulo diferente. Os cientistas atualmente acreditam que a condição é causada por algum tipo de “fiação cruzada” neurológica que acontece durante o desenvolvimento do cérebro.
Hipnose
Algumas pesquisas anteriores já exploraram a produção de experiências de sinestesia quimicamente, mas os resultados não foram conclusivos. Mas outras mostraram que efeitos semelhantes podem ser replicados usando sugestões hipnóticas. Para testar esse método, os pesquisadores colocaram 61 voluntários de uma aula de psicologia introdutória em um teste de suscetibilidade hipnótica.
Após a triagem, 8 voluntários foram submetidos a um teste de percepção comum chamado tarefa Stroop. Metade dos voluntários eram sujeitos suscetíveis à hipnose, e a outra metade era um grupo de controle, com pessoas que não eram fáceis de hipnotizar.
A tarefa envolvia nomear as cores de um conjunto de formas em uma tela.
Em seguida, os sujeitos de teste tiveram um gatilho disparado em seus cérebros através de uma sugestão hipnótica que havia sido implantada durante uma sessão anterior. Depois de ouvirem as palavras “em breve vou contar até três …”, eles foram instruídos a ver todas as formas com uma cor específica, independentemente da sua cor real. Suas respostas foram registradas, e seus olhos foram seguidos com um software de rastreamento de movimento.
Do grupo altamente hipnotizável, três mostraram através de suas respostas verbais e movimentos oculares uma forte associação de sinestesia entre o símbolo e sua cor. “Dois participantes relataram que eles experimentaram visualmente os símbolos como tendo a cor sugerida: em um caso com plena consciência de fazê-lo e em outro caso não”, diz o neurocientista Sakari Kallio, da Universidade de Skövde.
Um terceiro mostrou alguma dificuldade adicional de nomear cores depois de ouvir as palavras do gatilho.
Por ter um número muito pequeno de voluntários, o estudo não pode ser mais do que um ponto de partida para outras pesquisas. Além disso, embora existam semelhanças com a sinestesia, é impossível estabelecer uma ligação sólida entre uma sugestão hipnótica e a própria condição apenas com base em algumas observações.
Combinado com outros estudos, entretanto, ele pode nos ajudar a entender mais sobre a relação entre percepção e sensação e a forma que nosso cérebro faz com que tudo funcione.
[Publicado em Science Alert: http://www.sciencealert.com/experience-synaesthesia-hypnosis-stroop-test]
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O cérebro humano é o objeto mais complexo do Universo. Tem 86 bilhões de neurônios, que podem formar 100 trilhões de conexões. Se fosse possível criar um computador com o mesmo número de circuitos do cérebro, ele consumiria uma quantidade absurda de eletricidade: 60 milhões de watts por hora, segundo uma estimativa de cientistas da Universidade Stanford. Isso é o equivalente a 0,4% de toda a energia produzida pela usina de Itaipu, uma das maiores do mundo. Mas o cérebro humano gasta pouquíssima eletricidade – 20 watts, menos que uma lâmpada. E mesmo assim consegue fazer coisas extremamente sofisticadas, de que nenhum computador é capaz.
Só que isso tem um preço. O seu cérebro não consegue analisar as situações de forma completamente racional, avaliando todas as variáveis envolvidas em cada caso. Para fazer isso, ele precisaria de ainda mais circuitos – e muito mais energia. Mas, ao longo da evolução, a natureza encontrou uma solução: o cérebro pode mentir para seu dono. Sim, mentir. Descartar informações, manipular raciocínios e até inventar coisas que não existem. Dessa forma, é possível simplificar a realidade – e reduzir drasticamente o nível de processamento exigido dos neurônios. “São efeitos colaterais do funcionamento normal do cérebro”, diz Suzana Herculano-Houzel, neurocientista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Tudo começa pela visão. Você não percebe, mas o cérebro edita o que você vê. Das 16 horas por dia que uma pessoa passa acordada, em média, 4 horas são preenchidas por imagens “artificiais” – que não foram captadas pelos olhos, e sim criadas pelo cérebro.
O olho humano só capta imagens com clareza em uma pequena parte, a fóvea, que tem 1 milímetro de diâmetro e fica no centro da retina. Então, para compor a linda imagem que você está vendo agora, os seus olhos estão constantemente em movimento. Eles focam determinado ponto e depois pulam para o ponto seguinte. Cada um desses saltos tem duração de 0,2 segundo. Quer comprovar isso na prática? Na próxima vez em que você estiver conversando com uma pessoa, preste atenção nos olhos dela. Você irá perceber que eles se movimentam o tempo todo para escanear vários pontos do seu rosto.
O problema é que a cada pulo desses, enquanto os olhos estão se movendo para a próxima posição, o cérebro deixa de receber informação visual por 0,1 segundo. Durante esse tempo, você está cego. E, como nossos olhos fazem pelo menos 150 mil pulos todos os dias, o resultado são 4 horas diárias de cegueira involuntária. Você não percebe isso porque o cérebro preenche esses momentos com imagens artificiais, que dão a sensação de movimento contínuo. Mas que, na prática, você não viu.
Tem mais: o que você enxerga não é o que está acontecendo – e sim o que vai acontecer no futuro. É sério. Isso acontece porque a informação captada pelos olhos não é processada imediatamente. Ela tem de passar pelo nervo óptico e só depois chega ao cérebro. O processo leva frações de segundo, e você não pode esperar – um atraso na visão pode fazer com que você seja atropelado ao atravessar a rua, por exemplo. Então, o que faz o cérebro? Inventa. Analisa os movimentos de todas as coisas e fabrica uma imagem que não é real, contendo a posição em que cada coisa deverá estar 0,2 segundo no futuro. Você não vê o que está acontecendo agora, e sim uma estimativa do que irá acontecer daqui a 0,2 segundo.
As mentiras invadem a razão
Com R$ 1,10, você pode comprar um café e uma bala. O café custa R$ 1 a mais do que a bala. Quanto custa a bala? Responda rápido. Dez centavos, certo? Errado. Você acaba de ser enganado pelo próprio cérebro. Mas não está sozinho – mais da metade dos estudantes de universidades prestigiadas como Harvard, MIT e Princeton responderam a essa mesma pergunta e também erraram (entre alunos de instituições menos badaladas, o índice de erro é ainda maior, cerca de 80%). Essa charada é um dos exemplos citados no livro Thinking, Fast and Slow (Pensando, Rápido e Devagar, ainda sem versão em português), do psicólogo israelense Daniel Kahneman, que ganhou o Prêmio Nobel de Economia por suas pesquisas sobre o comportamento humano.
Para Kahneman, o cérebro tem dois tipos de pensamento. O primeiro é rápido e intuitivo e confia na experiência, na memória e nos sentimentos para tomar decisões. O segundo é lento e analítico – e serve como uma espécie de guardião do primeiro.
Se estamos decidindo sobre o que comer, podemos ficar em dúvida entre um sanduíche e um prato de feijão. Mas por que essas duas opções, justo elas, surgiram como as alternativas válidas para o momento? Por que você não considerou um bacalhau com batatas? Por que não um sorvete de abacaxi? Porque o seu pensamento intuitivo já estava inclinado para optar pelo sanduba ou pelo feijão e restringiu previamente as escolhas antes mesmo que você se desse conta de que estava chegando a hora de almoçar. Do contrário, passaríamos horas avaliando todas as possíveis opções de refeição – e morreríamos de fome. Se o pensamento intuitivo não existisse, seria extremamente difícil escolher uma roupa ou responder a perguntas banais, do tipo “como você está?” ou “gostou do filme?”. De certa forma, o pensamento intuitivo é o que nos diferencia dos robôs. E é ele que permite ao cérebro processar informações na velocidade necessária. “Ele é mais influente. É o autor secreto de muitas decisões e julgamentos que você faz”, explica Kahneman no livro. Foi o pensamento intuitivo que apontou os dez centavos como resposta para o enigma do café. Só que ele mentiu para você. A resposta certa é R$ 0,05. Se a bala custasse R$ 0,10, o café custaria R$ 1,10 – e o total daria R$ 1,20.
Esse duelo entre os dois tipos de pensamento, o rápido-intuitivo e o lento-analítico, também tem uma explicação evolutiva. O córtex pré-frontal, região do cérebro responsável pelo processamento lógico, surgiu relativamente tarde na evolução da espécie humana – já as emoções e os instintos estavam com nossos ancestrais há muito mais tempo. Por isso elas são tão fortes e nos influenciam tanto. “A filosofia considera o ser humano um animal racional. Mas o que sabemos é que apenas em certas circunstâncias e à custa de muito esforço conseguimos ser racionais”, afirma Vitor Haase, médico e professor de psicologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O pensamento intuitivo está sempre presente, até nas situações em que a racionalidade é supremamente importante. Um estudo de pesquisadores das universidades de Ben Gurion, em Israel, e Columbia, nos EUA, analisou o comportamento de juízes que deveriam decidir sobre a liberdade condicional de presos (um processo rápido, que leva 6 minutos). Em média, somente 35% dos condenados ganhavam a condicional. Mas os cientistas perceberam que os juízes eram muito mais benevolentes depois de comer. Quando eles tinham acabado de fazer uma refeição, a taxa de aprovação subia para 65%. Com o passar do tempo, a fome vinha chegando, e a concessão de liberdade condicional ia caindo. Minutos antes do próximo lanche, o índice de aprovação era quase zero.
Decidir sobre liberdade condicional e julgar a própria felicidade são tarefas complexas. Para avaliar todas as variáveis envolvidas, muitas delas subjetivas, o cérebro tenderia a ficar sobrecarregado. Por isso, ele usa atalhos. “Os nossos problemas são resolvidos no piloto automático, através de soluções que a cultura já embutiu no nosso cérebro”, diz Haase.
Estudos têm revelado outra distorção: toda pessoa sempre tende ao otimismo, mesmo quando não há motivos para isso. A pesquisadora Tali Sharot, da University College London, gravou a atividade cerebral de voluntários enquanto eles imaginavam situações banais – como tirar uma carteira de identidade. Ela também pediu que os voluntários pensassem em coisas do passado. Os testes mostraram que as mesmas estruturas cerebrais são ativadas para recordar o passado e imaginar o futuro. Só que, ao imaginar o futuro, os voluntários criavam cenários magníficos – era o cérebro tentando colorir os eventos sem graça. “Cerca de 80% das pessoas têm tendência ao otimismo, algumas mais do que outras”, diz ela. Para Tali, autora do livro Optimism Bias (O Viés do Otimismo, ainda sem versão em português), o otimismo é sempre mais comum que o pessimismo – seja qual for a faixa etária ou o grupo socioeconômico da pessoa. Assim, nunca acreditamos que algo vá dar errado – mesmo quando o mais racional seria pensar que sim. “As taxas de divórcio, por exemplo, chegam a 40%, 50%. Mas as pessoas que estão para casar sempre estimam suas chances de separação em o%”, exemplifica Tali. Segundo ela, a inclinação natural ao otimismo também é um dos fatores que levaram à crise econômica global de 2008. “As pessoas achavam que o mercado continuaria subindo cada vez mais e ignoraram as evidências contrárias”, afirma.
Ele está no controle
As manipulações criadas pelo cérebro afetam até a capacidade mais essencial do ser humano: tomar as próprias decisões. Quando você decide alguma coisa, na verdade o cérebro já decidiu – com uma antecedência que pode chegar a 10 segundos. Uma experiência feita no Centro Bernstein de Neurociência Computacional, em Berlim, comprovou que as nossas escolhas são resolvidas pelo cérebro antes mesmo de chegarem à consciência. Voluntários foram colocados em frente a uma tela na qual era exibida uma sequência aleatória de letras. O voluntário tinha que escolher uma das letras e apertar um botão sempre que ela aparecesse. Os cientistas monitoraram o cérebro dos participantes durante o experimento. E chegaram a uma descoberta impressionante: 10 segundos antes de os voluntários escolherem uma letra, sinais elétricos correspondentes a essa decisão já apareciam nos córtices frontopolar e medial, as regiões do cérebro ligadas à tomada de decisões. Cinco segundos antes de o voluntário apertar o botão, o cérebro ativava os córtices motores, que controlam os movimentos do corpo. Isso significa que, 10 segundos antes de você fazer conscientemente uma escolha, o seu cérebro já tomou a decisão para você – e até já começou a mexer a sua mão.
“O indivíduo não é livre para escolher”, afirma Renato Zamora Flores, professor de genética do comportamento da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O cérebro restringe previamente as suas possíveis opções e, pior ainda, escolhe uma delas antes mesmo que você se dê conta. É possível lutar contra isso. Lembra-se daquele outro tipo de pensamento, o lento-analítico? Basta colocá-lo em ação. E isso você consegue tendo calma, refletindo sobre as coisas e duvidando das suas escolhas e opiniões. Os truques do cérebro são poderosos, mas não invencíveis. Agora que você sabe como funcionam, está muito mais preparado para lidar com eles – e se tornar realmente livre para tomar as próprias decisões.
Para quem vive de Hipnose há 11 anos, chega a ser risível que se precise de confirmações científicas sobre um fenômeno absolutamente natural e que existe desde que existe ser humano, mas se as pessoas precisam de estudos comprobatórios, eis mais um:
Técnica parece induzir alterações específicas no funcionamento cerebral.
Distúrbios comportamentais e dor estão entre alvos viáveis da técnica, diz médico.
Reinaldo José Lopes Do G1, em São Paulo
A hipnose ainda projeta certa aura de mistério, mas a técnica pode ser uma ferramenta interessante para tratar uma série de distúrbios que incluem um componente mental ou emocional. Estudos recentes revelam que não há nada de mágico na hipnose: ela parece utilizar estados fisiológicos totalmente normais do cérebro para alcançar seus efeitos.
É o que conta o médico Osmar Ribeiro Colás, do Departamento de Medicina Comportamental da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e coordenador do grupo de estudos de hipnose da instituição. Um dos primeiros reconhecimentos abrangentes do potencial cientificamente comprovado da técnica veio em 1996, quando o Instituto Nacional de Saúde dos EUA (principal órgão de pesquisa médica do país) reconheceu sua eficácia para aliviar a dor em doenças crônicas, como o câncer.
“A pecha mística [da hipnose] sempre existiu e sempre vai existir, mas seu funcionamento está bem caracterizado por estudos neurológicos”, afirma Colás. Esses trabalhos usaram tomografia funcional (ou seja, técnicas que acompanham mudanças nas várias regiões do cérebro) para ver o que acontece na mente de uma pessoa hipnotizada.
Os resultados parecem reforçar o efeito real da técnica sobre a mente. Colás dá o exemplo dos estímulos visuais. Primeiro, os pesquisadores mostravam ao paciente não-hipnotizado uma tela totalmente preta e examinavam sua atividade cerebral. Depois, uma tela totalmente vermelha, de novo registrando o padrão de ativação do cérebro. Após hipnotizar a pessoa, eles diziam a ela que estava vendo uma tela vermelha, embora a tela real fosse preta. Voilà: o padrão cerebral dos hipnotizados era o de quem estava vendo a tal tela vermelha inexistente.
Segundo o médico da Unifesp, a hipnose pode ser usada como ferramenta por profissionais como médicos, psicólogos e dentistas. Para ele, a técnica se encaixa de forma mais adequada na psicoterapia cognitiva e comportamental, podendo ajudar pacientes que sofrem com distúrbios da ansiedade, depressão, fobias, várias formas de dor, além dos que lutam contra a hipertensão, asma e obesidade.
No caso da dor, acredita-se que a hipnose possa modular a resposta emocional do paciente ao problema. Como uma dor crônica causada pelo câncer, por exemplo, não inclui só o componente físico, mas também o lado emocional de lidar com o problema, seria possível desviar a atenção do paciente da situação pela qual está passando.
Segundo Colás, essa é a chave da hipnose. “Ela envolve processos fisiológicos normais, mas faz com que a atenção do paciente seja focalizada em outro aspecto, afastando as barreiras racionais que ele têm para aceitar o que está sendo dito a ele. Dessa forma, as áreas do cérebro que têm a ver com a ação desejada acabam sendo ativadas”, afirma o médico.
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Um estudo de uma investigadora da Universidade de Aveiro, divulgado esta segunda-feira, conclui que a hipnose pode minorar as consequências da diabetes do tipo um.
O trabalho da psicóloga Fabiana Rodrigues sugere que os pacientes, quando sujeitos à psicoterapia com recurso à hipnose, não só obtêm uma redução dos níveis de glicose no sangue como, por consequência, uma diminuição significativa da dose diária de insulina que administram.
“Os resultados da investigação são promissores e vão no sentido de uma redução estatisticamente significativa dos níveis de glicemia [concentração de glicose no sangue] em jovens diabéticos tipo 1 que, em alguns casos, obrigou à redução da dose diária de insulina administrada”, descreve Fabiana Rodrigues, cujo trabalho foi desenvolvido para a tese de Mestrado em Psicologia da Saúde e Reabilitação Neuropsicológica da Universidade de Aveiro.
De acordo com a investigadora, apesar de a hipnose não curar a doença diabetes tipo 1, que afeta milhões de pessoas, “ajuda na gestão da mesma, minorando as consequências e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos doentes”.
Orientada pelos psicólogos Carlos Fernandes da Silva (professor no Departamento de Educação e Psicologia [DEP] da UA), Celso Oliveira (psicólogo clínico) e Agostinho D’Almeida (do Instituto Universitário da Maia), a psicóloga e atual estudante de doutoramento em Psicologia da UA testou a hipnose em jovens com diabetes do tipo um da Associação de Diabéticos do Concelho de Ovar.
A investigação decorreu em três sessões individuais de uma hora cada. Depois de ter procurado as “razões mentais que se associaram ao aparecimento da diabetes”, durante as sessões de hipnose “foram dadas sugestões, com recurso a imaginação guiada, no sentido da diminuição dos níveis de glicemia e hemoglobina glicosilada, sugestões pós-hipnóticas de mudança de estilos de vida e a habilidade para fazer auto-hipnose”, explica Fabiana Rodrigues.
No final das sessões “verificou-se uma diminuição estatisticamente significativa das glicemias” que levou mesmo à diminuição das doses diárias de insulina.
Fabiana Rodrigues garante que através desta técnica “os diabéticos podem mesmo recorrer às suas habilidades internas e fazendo auto-hipnose, a qualquer hora do dia e sem o terapeuta, podem controlar melhor os seus níveis de açúcar no sangue, concomitantemente ao uso da insulina”.
A australiana Carolyn Hartz está impressionando os internautas do mundo todo. Isso porque ela tem 70 anos com o corpo e rosto completamente conservados. O segredo? Entre alguns hábitos adotados, chama atenção o de não comer açúcar há 28 anos.
Mãe de três filhos, Carolyn contou em entrevista ao Daily Mail australiano que o início do processo de abstinência do ingrediente foi difícil. Mas ela precisou fazer a mudança no cardápio após o diagnóstico de pré-diabetes aos 41 anos.
O processo ela explica em seu livro de receitas sem açúcar, o ‘Sugar Free Baking’. No lugar da guloseima, ela aposta no xilitol para preparar doces.
Trata-se de um adoçante natural, com baixa caloria, mas sabor semelhante ao açúcar. Ele não estimula a liberação de insulina e por isso tem baixo índice glicêmico e pode ser aliado de quem está restringindo calorias.
Para manter o hábito de não comer açúcar, ela consome proteína em todas as refeições, especialmente no almoço, pois acredita que assim os desejos por doce diminuem.
Carolyn gosta de praticar exercícios ao ar livre, como caminhar no parque todos os dias com seu cachorro, por 30 minutos, praticar ioga três vezes por semana e jogar tênis.
A australiana também acredita que sua boa forma se deve por mais razões, como dormir pelo menos oito horas por noite, hábito que adota há muitos anos.
“Também uso protetor solar todos os dias antes da maquiagem, e nunca passo horas em baixo do sol”, disse Carolyn, que já teve um câncer no nariz aos 30 anos, ao Daily Mail.
Meditação e gratidão fazem parte de sua rotina logo pela manhã. “Eu sou muito mais calma e intuitiva depois de começar a meditar, aos 65 anos. Por isso, nunca é tarde demais”, falou.
Em nossos workshops de EMAGRECIMENTO HIPNÓTICO ensinamos a “não gostar” de lixo, açúcar incluso, de modo absolutamente natural e sem sofrimento.
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